Romero
Rodrigues deu em gestos todos os sinais de uma coisa (aproximação com João
Azevêdo) e em palavras anunciou outra (apoio a Pedro Cunha Lima).
Somente um mês depois do
lançamento oficial do candidato do PSDB, Rodrigues disse – via vídeo nas redes
sociais – o que seria natural, o normal, mas tornou-se incógnita pelos
movimentos contrários dele próprio e de aliados.
Com parte da sua base
liberada (ou seria perdida?!) para o governador João Azevêdo, Romero refez a
rota do caminho que publicamente ameaçou trilhar.
As razões que pesaram, ao
final, para a decisão titubeante do ex-prefeito de Campina Grande podem ser
medidas, ou especuladas, pela forma e conteúdo do seu comunicado, e até pela
leitura das suas expressões.
Independente do veículo
escolhido e da timidez do anúncio, a decisão estanca as dúvidas e apreensões do
grupo campinense e fortalece a candidatura do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB),
que preservou importante cabo eleitoral consigo num ambiente de construção e
definições.
A escolha de Romero, após
todo o processo de suspense que mexeu e tensionou, recomeça o jogo que estava
posto à mesa, reposiciona os jogadores e redefine as cartas das estratégias.
Valoriza o MDB no tabuleiro e
abre espaço para reconsideração da candidatura do senador Veneziano Vital,
notoriamente insatisfeito com o cheiro de Romero que exalava na Granja Santana,
e obriga o governo a reabrir o debate da indicação da vice na formação da
chapa.
Pavimenta também a necessária
reconciliação governista com a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT),
pré-candidata com nome na pista pela esquerda. E torna imperioso um novo tipo
de diálogo com o PT.
Jogo resetado com um F5 do
tamanho de Campina Grande.
Mais
PB
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