Em
ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff cedeu à pressão dos
prefeitos e autorizou que sua base aliada no Congresso trabalhe pela
aprovação de um aumento de 1% no volume de dinheiro que o governo
federal repassa aos municípios.
O aumento da participação da União no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é uma reivindicação antiga das prefeituras. O governo sempre evitou atender o pedido por causa do impacto sobre as contas públicas.
A União repassa 22,5% da arrecadação líquida do Imposto de Renda e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o fundo. O dinheiro é distribuído entre todos os municípios do país.
Duas PECs (Proposta de Emenda Constitucional) já tramitam no Congresso com o objetivo de ampliar a participação federal no FPM.
A
proposta que o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais)
negociará com congressistas prevê o aumento, em duas parcelas, de 0,5%
cada. A primeira ocorreria em 2015 e a segunda em 2016.
O impacto previsto para os cofres da União é de cerca de R$ 3,8 bilhões.
A
ampliação dos repasses aos municípios virou bandeira da oposição,
depois que Dilma evitou travar diretamente essas discussões à época da
Marcha dos Prefeitos em Brasília, em maio passado. Nesta quinta, em
nota, o Planalto justificou o apoio ao aumento dizendo que trata-se de
um “esforço fiscal responsável”.
No ano passado, quando o governo baixou o IPI dos carros, o governo aprovou um aporte extra para o FPM, pago em duas parcelas de R$ 1,5 bilhão cada uma.
Inaugurações
Na última quinta-feira, Dilma protagonizou um grande evento
para marcar a entrega simultânea de 5.460 unidades do Minha Casa, Minha
Vida em dez cidades do país. Tratou-se de um uma corrida contra o
tempo, já que, por causa das regras eleitorais, a presidente só pode
participar de inaugurações até hoje.
O
Planalto montou uma estrutura de transmissão ao vivo, com telões, por
meio da qual Dilma discursou a todas as famílias contempladas.
Dilma
esteve presente à cerimônia da cidade-satélite do Paranoá (DF). Nas
demais cidades pelo menos um ministro foi escalado para estar presente
aos atos locais.
Sob
gritos de “olê, olê, olá, Dilma” e “1, 2, 3, Dilma outra vez”, a
presidente anunciou a criação de uma terceira etapa do Minha Casa, Minha
Vida, com a promessa de construção de 3 milhões de casas, mas não
entrou em detalhes de como a nova fase do programa será formatada.
A próxima etapa terá uma faixa intermediária para atender famílias com renda entre R$ 1.448 e R$ 2.172, além das existentes.
0 comentar:
Postar um comentário
obrigado e comente sempre