A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais
da Paraíba emitiu na tarde desta quarta-feira (5) nota de repúdio ao
Governo do socialista Ricardo Coutinho diante de sua conduta
desrespeitosa e de mascarar os verdadeiros salários dos servidores
estaduais.
No documento, o sindicato lamenta, por exemplo, a situação de penúria do Grupo Ocupacional Divulgação e Promoção - DPS 1600.
Confira a nota na íntegra
O
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba repudia,
veementemente, a tentativa do Governo do Estado em mascarar os
verdadeiros salários dos servidores
públicos estaduais da Paraíba e de não buscar corrigir defasagens e
erros de diversos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
O
quadro dos profissionais da comunicação (Grupo Ocupacional Divulgação e
Promoção - DPS 1600), por exemplo, reflete uma situação de penúria. De acordo com
o PCCR da categoria, um jornalista que está na faixa inicial recebe R$
1.103,16 (mil cento e três reais e dezesseis centavos), menos da metade
do que um policial militar ao ingressar na carreira.
O
PCCR dos profissionais da imprensa estatal foi alvo de um erro gritante
na última reformulação dos quadros de servidores, em 2008, na gestão de
Cássio Cunha Lima. O quadro de trabalhadores da Atividade Nível Superior
(ANS) foi considerado como parâmetro para a equiparação de diversas
categorias, só ficando de fora o Grupo DPS 1600. Das 35 faixas salariais
dos ANS, o topo da carreira
dos jornalistas do Estado corresponde à 21ª faixa. Ou seja, somos
impedidos de progredir por mais 14 faixas a que temos direito por tempo de serviço e/ou qualificação profissional.
O salário de um jornalista que já tenha trabalhado sua vida profissional inteira no Estado, com mais de 30 anos de serviço público,
é de míseros R$ 1.896,61 (mil oitocentos e noventa e seis reais e
sessenta e um centavos), quando deveria ser de, pelo menos, R$ 2.508,26
(dois mil quinhentos e oito reais e vinte e seis centavos), uma
defasagem de 32,25% em relação aos ANS.
Estamos, há anos, buscando
que o Estado reconheça esta aberração, pois jornalista é uma profissão
de nível superior, e, portanto, temos direitos à equiparação!
Por
fim, durante a gestão do Sr. Ricardo Coutinho, os profissionais da
comunicação sofreram os piores reajustes dentre todos os servidores: 3%
(2012), 3% (2013) e 5% (2014), não conseguindo, sequer, repor a inflação
de cada ano (6,08%, 6,20%, 5,56%, respectivamente). Ou seja,
acumulamos, neste período, perdas salarias de 6,84%, que, somados à
defasagem de 32,25% em relação aos ANS, totalizam 39,1% na atual gestão.
Contraditoriamente,
aqueles trabalhadores que divulgam as ações do Governo do Estado não
têm recebido, ao longo dos anos, a mínima atenção dos gestores de
plantão. Seguiremos cobrando.
A DIRETORIA
João Pessoa - PB, 05 de fevereiro de 2014
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