OPINIÃO
24 de novembro de 2023 às 00h25
Campina Grande: quatro anos depois,
quem entregou a faixa de prefeito pode tirá-la
O que será que será? Campina Grande falava alto pelos botecos e gritava
nos mercados, como cantam Milton e Chico. A pesquisa do acreditado Instituto
Opinião, publicada nos veículos da Rede Mais, respondeu o que já andava nas
cabeças e nas bocas. Em alto e bom som.
Os números divulgados são uma ressonância com precisão para diagnóstico
prévio: a eleição de 2024 na Rainha da Borborema passa, inapelavelmente, pelo
deputado federal Romero Rodrigues (Podemos). Assim como em 2020, mais uma vez.
Com 42,2% das intenções de voto em cenário estimulado com outros sete
nomes, Romero é rejeitado por apenas 2,5% dos entrevistados, mesmo após dois
governos e três anos fora da gestão.
Situação oposta ao prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), que aparece com
16,6% das intenções de voto, 34,3% de rejeição e com gestão reprovada na casa
de 52%. Um constrangedor contraste entre antecessor e sucessor.
Com um detalhe para se estudar. A aprovação de um não amenizou a
reprovação do outro. E vice-versa. O desgaste do prefeito não pegou no seu cabo
eleitoral. Como água e óleo, não se misturam. O eleitor está, decididamente,
fazendo a separação. Um fenômeno a pressionar o ex-prefeito a consumar o que as
ruas sussurram “em versos e trovas”.
E a oposição? Ficará de boca escancarada cheia de dentes esperando a
decantada ruptura na base governista? Se Bruno convive com o mal da
‘romerodependência’, desta a oposição deve tentar se curar, com unificação
rápida e consolidação de uma frente para massificar um nome.
Apostar só na sangria é risco demasiado, e com grande probabilidade de o
filme se repetir, como no verão no passado . Uma recomposição pode gerar efeito
colateral. E não é desprezível pensar que Bruno – levado pela situação
deteriorada – tenha algum espasmo de humildade, e corra atrás da sutura de uma
relação adoecida para tentar sair da UTI.
Usando uma linguagem médica, a gestão hoje é um paciente político cujo
boletim da vida real alerta estado crítico e baixa imunidade. Na bula, o
resgate de Romero aparece como um dos remédios. Não o único tratamento. A
pesquisa alerta perigo de metástase e recomenda cirurgias de emergência. Do
contrário, “todos os avisos não vão evitar”…
Fonte: Mais PB por Heron Cid
0 comentar:
Postar um comentário
obrigado e comente sempre