Por: Rogerio Sena -8 de julho de 2022
Em razão do baixo quórum no plenário da Câmara
dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira(PP),
encerrou a sessão deliberativa desta quinta-feira, 7, que discutia a PEC
das Bondades. No momento que os parlamentares se preparavam
para iniciar a votação da proposta, 427 parlamentares participavam da sessão em
plenário. Ao todo, para aprovação de uma PEC são necessários 308 votos
favoráveis, o que poderia colocar em risco a aprovação. “Não vou arriscar nem
essa PEC nem a próxima PEC [11/22, que trata do piso da enfermagem] com esse
quórum na Câmara hoje. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos”,
mencionou Lira.
Minutos antes do
encerramento, o plenário votou o requerimento para encerramento das discussões
a respeito da proposta e o governo conquistou apenas 303 votos, cinco a menos
que o necessário para uma eventual aprovação do texto-base. Com isso, o placar
serviu como termômetro para a votação, que acabou adiada.
O adiamento é considerado uma
derrota para o governo, que vinha se empenhando para aprovar – com máxima
urgência – o texto na Câmara, visando promulgação da matéria antes do recesso
parlamentar, que acontece de 18 a 31 de julho. Um exemplo desse empenho é a
sessão deliberativa de aproximadamente 1 minuto desta quinta, usada como
manobra para preencher os requisitos técnicos básicos para apreciação em
plenário. Ao mesmo tempo, a obstrução da votação por parte de parlamentares da
oposição já era decisão esperada.
Os deputados chegaram a
defender requerimento para adiamento de 20 dias da discussão, o que
comprometeria o andamento da proposta e pode inviabilizar a efetivação dos
novos programas sociais.
Entre outros pontos, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação prevê a destinação de R$
41,25 milhões para o pacote social até o fim do ano,
viabilizando a transferência de recursos diretos a cidadãos beneficiários – por
meio da Caixa Econômica Federal -, assim como a Estados e municípios para o
financiamento da gratuidade do transporte coletivo para idosos e compensação
por créditos tributários ao etanol.
Entre os novos auxílios está
voucher mensal de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos, e voucher aos
taxistas, acréscimo de R$ 200 nos pagamentos mensais do Auxílio Brasil até o
fim do ano, e de R$ 53 no Auxílio Gás a cada dois meses. Mesmo com a aprovação
por ampla maioria, o texto é visto com ressalvas e a proposta deve ser
judicializada.
Jovem Pan
0 comentar:
Postar um comentário
obrigado e comente sempre