27/05/2016 14h02
- Atualizado em
27/05/2016 14h11
Conversa foi gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Assessoria de Renan diz que ele acelerou recondução de procurador-geral.
Em conversas gravadas entre fevereiro e março, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado fala com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
As conversas, gravadas por Machado, que teve acordo de delação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são sobre a presidente afastada Dilma Rousseff e sobre a recondução ao cargo do procurador-geral Rodrigo Janot.
Dilma
Em relação a Dilma, eles falaram sobre a prisão, na Operação Lava Jato, do marqueteiro João Santana, marqueteiro da campanha eleitoral da presidente afastada. Mencionaram o então ministro da Justiça, sem dar o nome - no período, das conversas, ocuparam o cargo José Eduardo Cardozo, Wellington Silva e Eugênio Aragão.
SÉRGIO MACHADO: A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente.
JOSÉ SARNEY: E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana.
SÉRGIO MACHADO: Isso é muito sério. Presidente, você pegou o marqueteiro dos três para o presidente do Brasil. Deixa que o ministro da Justiça, que é um banana, só diz besteira, nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. É que estavam dizendo esta semana: a presidente é b*** mole. A gente não tem um fato positivo.
JOSÉ SARNEY: E todo mundo, todo mundo acovardado.
SÉRGIO MACHADO: Acovardado.
Em outra conversa, Sérgio Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros, falam sobre as investigações da Operação Lava Jato e sobre a recondução ao cargo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Janot foi reconduzido em setembro de 2015 por mais dois anos. Na gravação, Renan afirma que tentou evitar a permanência dele no cargo, mas disse que "estava só".
SÉRGIO MACHADO: Agora uma coisa eu tenho certeza: sobre você não tem nada ainda.
RENAN CALHEIROS: Nesse mistério todo, a gente nem sabe por que eles vivem nessa obsessão.
SÉRGIO MACHADO: Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse b***, não. Aquele cara ali...
RENAN CALHEIROS: Quem?
SÉRGIO MACHADO: Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali.
RENAN CALHEIROS: Eu tentei... Mas eu estava só.
Versões dos citados
A assessoria de imprensa da presidente afastada Dilma Rousseff informou, por nota, que todos os pagamentos feitos ao publicitário João Santana na campanha da reeleição – totalizando R$ 70 milhões – foram contabilizados na prestação de contas, aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
"As tentativas de envolver o nome da presidenta dilma rousseff em situações das quais ela nunca participou ou teve qualquer responsabilidade são escusas e direcionadas. E só se explicam em razão de interessem inconfessáveis", afirmou a assessoria.
Ainda segundo a nota,"comentários feitos em conversas entre terceiros e que não apontam a origem das informações não têm nenhuma credibilidade".
A assessoria do ex-presidente José Sarneydisse que, no momento, ele não deseja comentar os trechos da gravação da conversa.
A assessoria de imprensa do senador Renan Calheiros informou, por nota, que o senador agilizou a recondução do procurador Rodrigo Janot ao cargo, no segundo mandato da presidente Dilma.
As conversas, gravadas por Machado, que teve acordo de delação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são sobre a presidente afastada Dilma Rousseff e sobre a recondução ao cargo do procurador-geral Rodrigo Janot.
Dilma
Em relação a Dilma, eles falaram sobre a prisão, na Operação Lava Jato, do marqueteiro João Santana, marqueteiro da campanha eleitoral da presidente afastada. Mencionaram o então ministro da Justiça, sem dar o nome - no período, das conversas, ocuparam o cargo José Eduardo Cardozo, Wellington Silva e Eugênio Aragão.
SÉRGIO MACHADO: A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente.
JOSÉ SARNEY: E, nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana.
SÉRGIO MACHADO: Isso é muito sério. Presidente, você pegou o marqueteiro dos três para o presidente do Brasil. Deixa que o ministro da Justiça, que é um banana, só diz besteira, nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. É que estavam dizendo esta semana: a presidente é b*** mole. A gente não tem um fato positivo.
JOSÉ SARNEY: E todo mundo, todo mundo acovardado.
SÉRGIO MACHADO: Acovardado.
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JanotEm outra conversa, Sérgio Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros, falam sobre as investigações da Operação Lava Jato e sobre a recondução ao cargo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Janot foi reconduzido em setembro de 2015 por mais dois anos. Na gravação, Renan afirma que tentou evitar a permanência dele no cargo, mas disse que "estava só".
SÉRGIO MACHADO: Agora uma coisa eu tenho certeza: sobre você não tem nada ainda.
RENAN CALHEIROS: Nesse mistério todo, a gente nem sabe por que eles vivem nessa obsessão.
SÉRGIO MACHADO: Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse b***, não. Aquele cara ali...
RENAN CALHEIROS: Quem?
SÉRGIO MACHADO: Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali.
RENAN CALHEIROS: Eu tentei... Mas eu estava só.
Versões dos citados
A assessoria de imprensa da presidente afastada Dilma Rousseff informou, por nota, que todos os pagamentos feitos ao publicitário João Santana na campanha da reeleição – totalizando R$ 70 milhões – foram contabilizados na prestação de contas, aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
"As tentativas de envolver o nome da presidenta dilma rousseff em situações das quais ela nunca participou ou teve qualquer responsabilidade são escusas e direcionadas. E só se explicam em razão de interessem inconfessáveis", afirmou a assessoria.
Ainda segundo a nota,"comentários feitos em conversas entre terceiros e que não apontam a origem das informações não têm nenhuma credibilidade".
A assessoria do ex-presidente José Sarneydisse que, no momento, ele não deseja comentar os trechos da gravação da conversa.
A assessoria de imprensa do senador Renan Calheiros informou, por nota, que o senador agilizou a recondução do procurador Rodrigo Janot ao cargo, no segundo mandato da presidente Dilma.
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