Apenas cinco senadores tiveram 100% de presença nas sessões deliberativas (reuniões em que são votadas novas leis ou alteradas leis já existentes e que a presença do parlamentar é obrigatória) realizadas na Casa em 2015
Só cinco senadores tiveram 100% de presença em 2015 (divulgação)
No
primeiro semestre deste ano, somente cinco senadores participaram de
todas as sessões deliberativas realizadas na Casa. Nesse tipo de
reunião, em que são votadas novas leis ou alterações em leis já
existentes, a presença do parlamentar é obrigatória.
De primeiro de fevereiro a 17 de julho, período que compreende o semestre legislativo, Delcídio do Amaral (PT-MS), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Reguffe (PDT-DF), Romário (PSB-RJ) e Waldemir Moka (PMDB-MS) compareceram a todas as sessões do Senado. As informações são do Congresso em Foco.
A média de faltas dos parlamentares é a menor dos últimos três anos,
considerando apenas o primeiro semestre de 2013 e 2014. O número de
ausências dos parlamentares sofreu uma redução de 35% de 2013 até hoje.
Tanto em 2014 quanto em 2015, foram realizadas 50 sessões deliberativas
no primeiro semestre. No ano passado, os senadores acumularam quase 660
faltas, enquanto neste ano o número não chega a 500.
O senador Delcídio acredita que os projetos da área fiscal
encaminhados pelo governo contribuíram para um maior engajamento dos
parlamentares, e, consequentemente, maior presença em plenário. Para o
petista, o início de 2015 foi marcado pela discussão de temas “muito
relevantes”. “O clima de enfrentamento entre base e oposição, além dos
vários instrumentos de controle da sociedade sobre os políticos,
aumentam a cobrança que recai sobre nós senadores”, completa.
Waldemir Moka, outro que ficou entre os mais assíduos, disse que “a
agenda do Congresso este ano foi positiva ao tratar de assuntos
polêmicos”. O sul-mato-grossense ressalta que toda a segunda-feira,
religiosamente, viaja para a capital federal. Conterrâneo de Moka,
Delcídio possui a mesma rotina. Ambos afirmam que se elegeram justamente
para trabalhar em Brasília.
Assim como Romário, Reguffe era deputado federal na legislatura
passada. Ele participou de todas as sessões realizadas nos últimos
quatro anos e segue sem nenhuma falta no Senado. De acordo com o
político brasiliense, os parlamentares não fazem mais que sua obrigação
quando participam das discussões realizadas em plenário. “É preciso ter
responsabilidade com o contribuinte”, disse o senador.
Para o cientista político Leonardo Barreto, os parlamentares faltosos
representam prejuízo aos cofres públicos, pois muitos projetos de lei
deixam de ser relatados e até votados em algumas circunstâncias. Segundo
Leonardo, a assiduidade é o primeiro indicador do nível de seriedade do
parlamentar em relação ao seu mandato. ”O congressista ausente se torna
um exemplo negativo para a população, que fica desmotivada a acreditar
no sistema político”, afirma ele.
0 comentar:
Postar um comentário
obrigado e comente sempre