Opinião

Coligação, eis o nó que adia definições na Paraíba


24 de julho de 2018 às 10h38Por Heron Cid
Por trás da indefinição e corda esticada dos partidos, tem uma questão. Ela atende pelo nome de coligação proporcional.
Como praticamente toda grande sigla da Paraíba tem ou trabalha para ter um deputado federal, a prioridade número 1 é eleger ou salvar mandatos.
Antes mesmo da vitória do candidato a governador.
E nesse ponto as quatro candidaturas ao Governo enfrentam dificuldades de atender essa demanda da praça política.
Na base governista há um desconforto nos bastidores pela ausência até agora da viabilização do chapão.
DEM, PRB e PTB, por exemplo, não querem arriscar grandes votações sem as chamadas caudas (candidaturas de menor densidade eleitoral).
Legendas menores, como Avante e PPS e com bons candidatos a federal, fogem das siglas maiores como o diabo da cruz.
Nivelados no mesmo patamar de votos, deputados federais desse arco correm o risco de brigar entre si e sobrar na curva, mesmo com votação estupenda em torno de 100 mil votos.
Do lado de Lucélio Cartaxo, a mesma coisa. O PSC quer uma coligação que ofereça conforto à eleição de Leonardo Gadelha. Já o PP insiste em sair faixa própria.
José Maranhão tem obstáculo para atrair porque na aliança do MDB com o PR os deputados Wellington Roberto e Benjamin Maranhão são tidos como eleitos. O espaço que sobra é de alto risco.
Sem consenso, as definições são adiadas ao máximo.

E nesse jogo, bom candidato ao Governo não é nem quem tem perspectiva de eleição. É quem pode entregar a mercadoria mais procurada do momento pelos partidos, uma boa coligação.

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