Pedro Ladeira - 11.fev.15/Folhapress | |||
O deputado Leonardo Picciani (PMBD-RJ), ao centro, que disputa a liderança do PMDB |
Fragilizados politicamente e ambos com o mandato sob risco, Dilma
Rousseff (PT) e Eduardo Cunha (PMDB) medem forças às 15h desta
quarta-feira (17) na eleição para o comando do PMDB, a maior bancada da
Câmara dos Deputados.
A poucas horas da disputa, os dois lados cantam vitória por margem apertada de votos.
Dilma patrocina a recondução de Leonardo Picciani (RJ), 36, que após se aproximar do Planalto e indicar dois ministros para a Esplanada passou a se declarar abertamente contra o impeachment da petista.
Adversário do governo, Cunha foi o mentor da candidatura de Hugo Motta (PB), deputado de 26 anos que ele mantém em sua órbita de aliados.
A eleição, que é secreta, escolherá o responsável por indicar os integrantes do PMDB para a comissão que analisará o impeachment de Dilma, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Casa, entre outras atribuições. O resultado também terá reflexos sobre os projetos de ajuste e aumento das receitas que o governo espera ver aprovados.
Cunha se empenhou pessoalmente, ligando para deputados em busca de votos para Motta. Uma derrota de seu candidato hoje tem o potencial de enfraquecer o movimento pró-impeachment, além de reforçar a pressão por sua saída do cargo. O presidente da Câmara é acusado de integrar o petrolão e tem um pedido de afastamento em análise no Supremo Tribunal Federal.
Já uma vitória mostrará que ele tem ainda muita força interna para derrotar o governo e tentar se manter no cargo.
Apesar do discurso de que não interfere na disputa, Dilma autorizou seu ministro da Saúde, Marcelo Castro, a deixar o cargo nesta quarta e reassumir o mandato de deputado federal para votar em Picciani.
A avaliação do Palácio do Planalto é de que é melhor enfrentar críticas momentâneas à exoneração do ministro, devido à epidemia de microcefalia no país, do que correr o risco de vitória Motta.
SEM INDISPOSIÇÃO
Para evitar se indispor com Motta caso ele seja o vencedor, o Palácio do Planalto adotou o discurso de que a decisão do ministro participar da eleição interna é "pessoal" e, portanto, sem interferência do governo federal.
O ministro Edinho Silva (Comunicação Social) chegou entrar no circuito para acalmar Motta, que nos bastidores vem ameaçando retaliação. Em caso de uma derrota de Picciani, haverá uma pressão de Cunha e seus aliados para que Dilma não reconduza Castro ao cargo.
Apesar de trabalhar pela vitória de Picciani, o governo federal avalia que há um "risco real" de vitória de Motta, uma vez que a votação secreta pode estimular traições de última hora.
Além de contar com o voto do ministro, Picciani deve ser favorecido também pela autorização pelo vice-presidente Michel Temer de filiação ao partido do deputado federal Átila Nunes (PMDB-RJ), que havia sido barrado por Cunha.
Nesta terça (16), Eduardo Cunha reclamou da manobra patrocinada pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes, ambos do PMDB ligado a Dilma. Eles indicaram deputados de outros partidos para a administração fluminense e carioca com o objetivo de que suplentes do PMDB –pertencentes à coligação dos deputados indicados– favoráveis à Picciani assumam o mandato de deputado federal nesta quarta.
"Se fosse eu que estivesse fazendo isso, vocês diriam que é manobra. Como é outro, faz parte do jogo", reclamou. Em eleições anteriores, Cunha recorreu a essas mesmas manobras em benefício de sua candidatura.
A poucas horas da disputa, os dois lados cantam vitória por margem apertada de votos.
Dilma patrocina a recondução de Leonardo Picciani (RJ), 36, que após se aproximar do Planalto e indicar dois ministros para a Esplanada passou a se declarar abertamente contra o impeachment da petista.
Adversário do governo, Cunha foi o mentor da candidatura de Hugo Motta (PB), deputado de 26 anos que ele mantém em sua órbita de aliados.
A eleição, que é secreta, escolherá o responsável por indicar os integrantes do PMDB para a comissão que analisará o impeachment de Dilma, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Casa, entre outras atribuições. O resultado também terá reflexos sobre os projetos de ajuste e aumento das receitas que o governo espera ver aprovados.
Cunha se empenhou pessoalmente, ligando para deputados em busca de votos para Motta. Uma derrota de seu candidato hoje tem o potencial de enfraquecer o movimento pró-impeachment, além de reforçar a pressão por sua saída do cargo. O presidente da Câmara é acusado de integrar o petrolão e tem um pedido de afastamento em análise no Supremo Tribunal Federal.
Já uma vitória mostrará que ele tem ainda muita força interna para derrotar o governo e tentar se manter no cargo.
Apesar do discurso de que não interfere na disputa, Dilma autorizou seu ministro da Saúde, Marcelo Castro, a deixar o cargo nesta quarta e reassumir o mandato de deputado federal para votar em Picciani.
A avaliação do Palácio do Planalto é de que é melhor enfrentar críticas momentâneas à exoneração do ministro, devido à epidemia de microcefalia no país, do que correr o risco de vitória Motta.
SEM INDISPOSIÇÃO
Para evitar se indispor com Motta caso ele seja o vencedor, o Palácio do Planalto adotou o discurso de que a decisão do ministro participar da eleição interna é "pessoal" e, portanto, sem interferência do governo federal.
O ministro Edinho Silva (Comunicação Social) chegou entrar no circuito para acalmar Motta, que nos bastidores vem ameaçando retaliação. Em caso de uma derrota de Picciani, haverá uma pressão de Cunha e seus aliados para que Dilma não reconduza Castro ao cargo.
Apesar de trabalhar pela vitória de Picciani, o governo federal avalia que há um "risco real" de vitória de Motta, uma vez que a votação secreta pode estimular traições de última hora.
Além de contar com o voto do ministro, Picciani deve ser favorecido também pela autorização pelo vice-presidente Michel Temer de filiação ao partido do deputado federal Átila Nunes (PMDB-RJ), que havia sido barrado por Cunha.
Nesta terça (16), Eduardo Cunha reclamou da manobra patrocinada pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital, Eduardo Paes, ambos do PMDB ligado a Dilma. Eles indicaram deputados de outros partidos para a administração fluminense e carioca com o objetivo de que suplentes do PMDB –pertencentes à coligação dos deputados indicados– favoráveis à Picciani assumam o mandato de deputado federal nesta quarta.
"Se fosse eu que estivesse fazendo isso, vocês diriam que é manobra. Como é outro, faz parte do jogo", reclamou. Em eleições anteriores, Cunha recorreu a essas mesmas manobras em benefício de sua candidatura.
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