23/03/2015 às 14h19 • atualizado em 23/03/2015 às 16h16
O governador Ricardo Coutinho (PSB)
reagiu, nesta segunda-feira (23), às declarações do senador Cássio Cunha
Lima (PSDB), que na última sexta-feira (20) disse estranhar a nomeação
do advogado João Alves Filho, filho do presidente do Tribunal Regional
Eleitoral da Paraíba (TER-PB), João Alves, para o cargo de procurador
chefe da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), uma vez que o
presidente da ALPB, Adriano Galdino (PSB), seria “homem de confiança de
Ricardo”.
Apesar da nomeação do filho do presidente, Cássio disse esperar que o
TRE-PB julgue as ações movidas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e
sua coligação pedindo a cassação do governador por supostas
irregularidades nas eleições estaduais de 2014 sem “interferência”. “É
algo que causa estranheza. Espero que não interfira no resultado dos
julgamentos, mas é preciso que a sociedade tome conhecimento destes
episódios”, disse Cássio.
Ricardo chamou Cássio de “desequilibrado, mimado e filhinho de papai”.
“É evidente que o senador anda desequilibrado. Não tenho a menor
dúvida disso. Ele não assimilou que é tão mortal como qualquer um de
nós. Que qualquer um de nós pode perder ou ganhar. Ele foi criado em
berço de ouro, nunca teve que trabalhar, que colocar a mão na massa.
Nunca teve que ralar. Ele nunca soube o que é isso. Ganhou tudo de mão
beijada. Veio do pai para o filho, aí se manteve. Tinha seus chiliques
quando achava que podia ter. Tratava as pessoas mal e assim
sucessivamente”, afirmou Ricardo.
O governador disse que o tucano ainda não assimilou a derrota nas últimas eleições.
“Ele não se recuperou de uma escolha que não foi feita por mim, eu
não tenho poder de fazer escolha. A escolha foi feita pelo povo. O povo
preferiu me colocar para continuar a governar o Estado, por que percebeu
que o Estado estava sendo governado de uma forma mais legítima, honesta
e correta”, acrescentou.
MaisPB
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