03/03/2015 às 22h45 • atualizado em 04/03/2015 às 10h43
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou às 20h11
desta terça-feira ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal
Federal (STF), 28 pedidos de investigação contra 54 pessoas citadas nas
investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção
envolvendo a Petrobras. Os pedidos envolvem políticos, mas não é
possível precisar quantos, já que os nomes são desconhecidos.
Entre
os 54 investigados há pessoas com ou sem foro privilegiado. Possuem a
prerrogativa deputados, senadores e ministros de Estado, mas
investigados que não exercem esses cargos poderão ser alvos dos
inquéritos em última instância caso suas atuações tenham relação com as
autoridades envolvidas.
Caberá
a Zavascki analisar se a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderá
ou não investigar essas pessoas. Depois de analisar as solicitações, o
ministro deverá decidir se retira ou não o sigilo dos inquéritos,
abrindo caminho para a divulgação de nomes e do andamento dos processos.
Depois
de dar andamento a acordos de delação premiada, o juiz federal Sérgio
Moro, do Paraná, encaminhou ao STF nomes de políticos que apenas
poderiam enfrentar ações penais na última instância. Se autorizada a
investigação, o que deve ocorrer, Zavascki será a ponte entre a
procuradoria e os órgãos de diligência. Toda vez que Janot precisar de
uma informação, como quebra de sigilo bancário, por exemplo, deverá
pedir para o ministro.
Antes
da lista chegar ao Supremo, a expectativa era de cerca de 35 nomes na
lista da PGR. Um dos delatores do esquema, o ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa, relatou o número reservadamente a políticos quando
foi a uma reunião da CPI da Petrobras no Congresso. Segundo Costa,
empreiteiras repassavam até 3% do valor de contratos superfaturados para
três partidos, PT, PP e PMDB.
Terra
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