Depois
de uma sessão preparatória tumultada, o deputado estadual Adriano
Galdino (PSB) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba
na tarde deste domingo (1º). Ao todo, o deputado obteve 19 votos contra
17 para o deputado estadual Ricardo Marcelo.
Adriano Galdino (PSB) nasceu em Campina
Grande no dia 21 de outubro. Engenheiro e advogado, foi vereador e
depois prefeito do município de Pocinhos. Foi eleito deputado em 2010 e
reeleito nas eleições de 2014. O deputado também ocupou a Secretaria de
Estado de Governo e era o candidato do governador Ricardo Coutinho para a
presidência da Casa de Epitácio Pessoa.
Em seu primeiro discurso, antes de dar
posse à Mesa Diretora eleita com ele, Adriano Galdino considerou que sua
eleição foi um processo doloroso, difícil, “mas sai vitorioso”. “A
Assembleia agora tem um presidente genuinamente do povo”, declarou.
A chapa eleita com Galdino é composta
pelos deputados João Henrique (vice presidente), Tião Gomes (2º
vice-presidente), Anísio Maia (3º vice-presidente), Zé Paulo (4º
vice-presidente), Nabor Wandeley (1º secretário), Caio Roberto (2º
secretário), Jeová Campos (3º secretário), Buba Germano (4º
secretário), Doda de Tião (1º suplente), Galego Sousa (2º suplente),
Inácio Falcão (3º suplente), Genival Matias (4º suplente).

Houve muito debate em torno do uso ou
não do sistema eletrônico da casa, o que foi descartado porque o sistema
foi danificado durante o processo de cadastro dos deputados novos para
que estivessem aptos a usar o voto eletrônico. Com isso, o deputado
Ricardo Marcelo chegou a anunciar que a eleição estava adiada para a
segunda-feira (2), mas a decisão de realizar a eleição com cédulas de
papel foi fruto de um acordo entre deputados membros das duas chapas
candidatas.
Urna quebrada
Ricardo Marcelo apontou o deputado Tião Gomes (PSL) como responsável pelo problema que foi registrado no sistema. “Não quebrei o equipamento, apenas deliguei”, disse o deputado. “Essa eleição tinha tudo pra ser fraudada. Nenhum deputado foi chamado para acompanhar esse processo na urna”, justificou.
Ricardo Marcelo apontou o deputado Tião Gomes (PSL) como responsável pelo problema que foi registrado no sistema. “Não quebrei o equipamento, apenas deliguei”, disse o deputado. “Essa eleição tinha tudo pra ser fraudada. Nenhum deputado foi chamado para acompanhar esse processo na urna”, justificou.
A possibilidade do uso da cédula de
papel para eleição da mesa diretora já tinha motivado confusão na sessão
preparatória para a eleição. Foi preciso convocar seguranças para
controlar a situação porque houve confusão depois que o deputado Ricardo
Marcelo rejeitou um requerimento apresentado pelo deputado Jeová Campos
(PSB), que solicitava a votação manual. Ricardo Marcelo determinou que a
votação acontecesse através do sistema eletrônico. Irritado com a
decisão, Jeová chegou a dar um murro na mesa.
Com a decisão de realizar a eleição de
forma eletrônica, foi estabelecido um intervalo, para que todos os
deputados passassem pelo cadastro que habilita a votar utilizando o
painel eletrônico. Foi durante esse processo de cadastramento que houve
um dano ao sistema.
O deputado Adriano Galdino (PSB), que é
candidato à presidência da ALPB, considerou um absurdo a suspensão da
sessão. “A lei determina que a eleição aconteça no dia 1º de fevereiro,
temos que respeitar o que prevê o regimento interno”, justifica. Ricardo
Marcelo também é candidato à presidência da mesa.
Confiança questionada
Enquanto uma parte dos deputados defendia que o voto nas cédulas de papel fosse utilizado para garantir lisura ao processo, outra parte destacava que o Regimento Interno prevê o uso do sistema eletrônico. A discussão começou durante o intervalo de cerca de meia hora determinado após a solenidade de posse e continuou com o início da sessão preparatória para a eleição. Depois de cerca de 20 minutos de embate, a sessão foi suspensa para que o clima se acalmasse.
Enquanto uma parte dos deputados defendia que o voto nas cédulas de papel fosse utilizado para garantir lisura ao processo, outra parte destacava que o Regimento Interno prevê o uso do sistema eletrônico. A discussão começou durante o intervalo de cerca de meia hora determinado após a solenidade de posse e continuou com o início da sessão preparatória para a eleição. Depois de cerca de 20 minutos de embate, a sessão foi suspensa para que o clima se acalmasse.
Segundo o deputado João Gonçalves (PSD),
a justiticativa apontada é que “não foi feita biometria dos deputados, o
sistema não foi implantado, só é possível votar sim ou não”. Diante
deste quadro, João Gonçalves avalia que não havia segurança para
realizar a eleição através do painel eletrônico. Concordando com ele, o
deputado Gervásio Maia (PMDB) acreditava que “os deputados deveriam ter
feito uma espécie de vistoria no painel”.
Já o deputado Renato Gadelha (PSC)
avalia que o voto através de cédulas de papel é um retrocesso. “Foi
implantado um painel para dar segurança ao voto, não vamos aceitar esse
retrocesso”, declarou. Quem também saiu em defesa do voto eletrônico foi
o deputado Ricardo Marcelo (PEN), que defendeu que “o processo
eletrônico foi instalado na Casa e já foram feitas várias votações”.
Um embate entre os deputados Ricardo
Barbosa (PSB) e Trócolli Júnior (PMDB) esquentou ainda mais a sessão
quando Trócolli declarou acreditar que “a bancada governista quer voto
em cédula para marcação dos votos”. Em resposta, Barbosa chamou a
declaração de irresponsável. Já o deputado João Henrique (DEM) defendeu
uma terceira proposta: “voto aberto para solucionar o problema”.
Presidência da sessão
Outro ponto que precisava de definição antes da realização da sessão de eleição gerou descontentamento de parte dos deputados. O deputado Gervásio Maia (PMDB) se apresentou falando em nome de outros 20 deputados sugerindo que o deputado Ricardo Marcelo não presidisse a sessão de eleição, já que ele é candidato à função.
Concordando com Gervásio, Adriano
Galdino (PSB), que também se apresenta como candidato à presidência da
casa, destacou que a situação é semelhante ao presidente do TRE ser
candidato numa eleição presidida por ele. Apesar desses questionamentos,
o Ricardo Marcelo se manteve na presidência da sessão.
Com G1
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