PR permanece no comando dos Transportes e Ricardo Berzoini assumirá Comunicações. A três dias da posse, quinze nomes permanecem indefinidos
Gabriel Castro e Laryssa Borges, de Brasília
A presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto
(Evaristo SA/AFP)
O Palácio do Planalto confirmou nesta segunda-feira mais sete nomes da nova equipe ministerial da presidente Dilma Rousseff. Na nova fase
da reforma ministerial, Antonio Carlos Rodrigues (PR) assumirá
o Ministério dos Transportes, Gilberto Occhi (PP) comandará a Integração
Nacional, Miguel Rossetto (PT) a Secretaria-Geral da Presidência,
Patrus Ananias (PT) ficará com a pasta do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas (PT) será ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini
(PT) das Comunicações e Carlos Gabas (PT) foi o escolhido para a Previdência Social. Até o momento foram anunciados 24 ministros; a três dias da posse ainda restam quinze pastas para serem preenchidas.
Rodrigues, atual presidente do PR, é vereador em São Paulo
e suplente de Marta Suplicy (PT) no Senado. Occhi ocupa interinamente o
cargo de ministro das Cidades. Rossetto, que coordenou a campanha de
Dilma pela reeleição, é ministro Desenvolvimento Agrário. O cargo
também foi ocupado por Pepe Vargas, que se reelegeu deputado federal.
Patrus Ananias assumiria um mandato na Câmara em fevereiro de 2015.
Berzoini é o atual ministro de Relações Institucionais e Gabas ocupa o cargo de secretário-executivo da Previdência.
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A costura do novo primeiro escalão do governo reeleito de Dilma Rousseff leva em conta a necessidade de manter partidos políticos
no leque de apoio do governo, contemplar o PT, quitar faturas de apoios
ofertados ao longo da campanha à reeleição e agraciar aliados
derrotados no processo eleitoral – na última semana ela já havia
confirmado o senador Eduardo Braga e o ex-prefeito Helder Barbalho,
derrotados nas urnas, como novos ministros peemedebistas.
A decisão de alocar o petista Ricardo Berzoini, atual ministro da
Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e que atualmente coordena as
relações do Executivo com o Congresso, no poderoso Ministério das
Comunicações é uma espécie de contrapartida da presidente Dilma Rousseff
após setores do PT terem reclamado publicamente da indicação do
deputado gaúcho Pepe Vargas para a SRI. Ferrenho defensor do controle social dos meios de comunicação, Berzoini foi indicado à pasta como sucessor do ex-deputado e também petista Paulo Bernardo.
O Partido da República (PR), que havia indicado o técnico Paulo
Sérgio Passos para a pasta no auge das negociações sobre a formação de
alianças eleitorais, permanece com
o controle do ministério, que passa agora às mãos de Antonio Carlos
Rodrigues, suplente no Senado da petista Marta Suplicy e ex-presidente
da Câmara Municipal paulistana.
Em junho, às vésperas do início oficial da
campanha presidencial, o PR, com o aval do mensaleiro Valdemar Costa
Neto, forçou a presidente Dilma Rousseff, a trocar o comando da pasta em
um dos mais claros exemplos das espúrias negociações que envolvem a
conquista de apoio de aliados. Depois de exigir que o ex-senador César
Borges fosse realocado para a Secretaria de Portos e Passos nomeado mais
uma vez ministro dos Transportes, o PR formalizou apoio à campanha da
então candidata petista à reeleição e transferiu à presidente mais 1
minuto e 8 segundos de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Além da troca de comando nos Transportes, nesta fase da reforma deixa
a Esplanada dos Ministérios o senador Garibaldi Alves Filho,
ex-presidente do Senado que agora retorna ao Congresso. Entre os
petistas, o ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula, Gilberto
Carvalho, atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, deixa
o Palácio do Planalto e, a partir de 2015, vai assumir a presidência do
conselho nacional de administração do Serviço
Social da Indústria (Sesi). Nesta sexta-feira, Carvalho já fará a
transmissão de cargo ao sucessor, Miguel Rossetto. O interino Francisco
Teixeira, que ocupava o Ministério da Integração Nacional, e o técnico
Paulo Sérgio Passos, que comandava os Transportes, também deixam o
governo, ainda sem destino certo.
Dilma já havia anunciado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda,
Nelson Barbosa para o Planejamento, Alexandre Tombini para o Banco
Central, Armando Monteiro Neto (PTB) para o Desenvolvimento, Kátia Abreu
(PMDB) para a Agricultura, Gilberto Kassab (PSD) para as Cidades,
Helder Barbalho (PMDB) para a Pesca, George Hilton (PRB) para o Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB) para a Ciência e Tecnologia, Cid Gomes (PROS) para a Educação,
Eduardo Braga (PMDB) para as Minas e Energia, Jacques Wagner (PT) para a
Defesa, Eliseu Padilha (PMDB) para a Aviação Civil, Edinho Araújo
(PMDB) para os Portos, Vinícius Lages para o Turismo, Nilma Gomes para a
Igualdade Racial e Valdir Simão para a Controladoria-Geral da
União. Todos tomarão posse em 1º de janeiro.
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