A
Câmara dos Deputados firmou um acordo nesta terça-feira (16), após
negociações com Executivo e Judiciário, para votar em plenário projetos
que estabelecem, a partir de 2015, salários de R$ 30,9 mil para
presidente da República e de R$ 33 mil para deputados federais,
senadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e
procurador-geral da República.
Atualmente, o presidente da
República recebe o mesmo subsídio dos parlamentares (R$ 26,7 mil) e
menos que ministros do STF, cuja remuneração é de R$ 29,4 mil.
Os
reajustes salariais de ministros do STF e do procurador-geral da
República estão previstos em dois projetos de lei que seguirão para
sanção presidencial depois de aprovados por Câmara e Senado. Os aumentos
para parlamentares, presidente da República e ministros de Estado estão
em dois projetos de decreto legislativo que serão promulgados pelo
presidente do Congresso depois de aprovados pelo Senado.
Se
aprovados os projetos conforme o estipulado no acordo, os parlamentares
passarão a ganhar o equivalente ao teto constitucional, que são os
vencimentos dos ministros do Supremo.
O acordo foi negociado pelo
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
diretamente com Executivo, Judiciário e Ministério Público, em reuniões
com Aloizio Mercadante (ministro da Casa Civil), Ricardo Berzoini
(ministro de Relações Institucionais), Ricardo Lewandowski (presidente
do STF) e Rodrigo Janot (procurador-geral da República). Nesta terça, o
acerto foi chancelado em reunião de líderes partidários na Câmara.
Originalmente, Supremo e PGR queriam reajuste de 22% e
enviaram projetos de lei para a Câmara aumentando o subsídio de R$ 29,4
mil para R$ 35,9 mil mensais. Senadores e deputados queriam aprovar um
projeto de decreto legislativo que fixasse esse mesmo valor para
parlamentares, ministros de Estado e presidente da República.
No
entanto, o governo federal negociava desde a semana passada uma redução
dos aumentos sob o argumento de que o Orçamento de 2015 não comporta
gastos desse porte.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante,
enviou nesta terça um ofício a Henrique Alves nesta terça sugerindo
aumento de 15,76% para o Executivo, o que reajusta o salário da
presidente para R$ 30,9 mil.
Após negociações com os demais
poderes, a Câmara decidiu conceder reajustes diferentes, o que significa
que o presidente da República ganhará menos que parlamentares e
magistrados do Supremo a partir do ano que vem.
Os parlamentares
precisam aprovar nesta terça, no plenário da Câmara, os projetos que
concedem os reajustes, para que o Senado possa votá-los nesta quarta
(17). O recesso legislativo tem início no próximo dia 23 de dezembro.
Economia
Os pleitos por aumentos salariais ocorrem num momento delicado das contas públicas, depois de o governo ter derrubado a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública), estabelecida para 2014.
Economia
Os pleitos por aumentos salariais ocorrem num momento delicado das contas públicas, depois de o governo ter derrubado a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública), estabelecida para 2014.
O volume de gastos no ano eleitoral superou a arrecadação e a
nova equipe econômica anunciada pela presidente Dilma Rousseff já fala
em conter despesas.
Nos nove primeiros meses deste ano, as contas do setor público registraram um déficit primário - receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida - de R$ 15,28 bilhões, segundo números divulgados pelo Banco Central. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do BC, em 2002 para anos fechados, que as contas do setor público registraram um déficit nos nove primeiros meses de um ano.
Assim que foi anunciado como futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy falou em cortes de despesas e estabeleceu que a meta fiscal em 2015 será de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público consolidado (governo, estados e municípios).
Nos nove primeiros meses deste ano, as contas do setor público registraram um déficit primário - receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida - de R$ 15,28 bilhões, segundo números divulgados pelo Banco Central. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do BC, em 2002 para anos fechados, que as contas do setor público registraram um déficit nos nove primeiros meses de um ano.
Assim que foi anunciado como futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy falou em cortes de despesas e estabeleceu que a meta fiscal em 2015 será de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público consolidado (governo, estados e municípios).
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