Da Redação com Globo.com
O
Palácio do Planalto anunciou nesta quinta-feira (12) os novos ministros
escolhidos pela presidente Dilma Rousseff para seis pastas. São os
seguintes (clique no nome de cada um para ver o perfil completo):
Cidades
Gilberto
Occhi, atual vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal.
Formado em direito e pós-graduado em Finanças, é funcionário do banco
desde 1980 e atou como gerente em diversas áreas e superintendente no
Espírito Santo e Alagoas.
Agricultura
Neri
Geller, atual secretário de Política Agrícola do ministério. Agricultor
de soja e milho em Mato Grosss, foi vereador duas vezes pelo PSDB em
Lucas do Rio Verde (MT) entre 1996 e 2004. Em 2007, foi eleito deputado
federal, reelegendo-se em 2011.
Desenvolvimento Agrário
Miguel
Rossetto, ex-presidente da Petrobras Biocombustíveis e ex-ministro do
Desenvolvimento Agrário (no governo Luiz Inácio Lula da Silva). Fundador
do PT, iniciou militância política na década de 70 no movimento
sindical. Em 1996, elegeu-se deputado federal e em 1998, vice-governador
do estado, na chapa formada com Olívio Dutra.
Turismo
Vinicius
Nobre Lages, gerente de assessoria internacional do Sebrae. Engenheiro
agrônomo, tem doutorado em Economia na França, especializado em economia
de serviços, turismo e desenvolvimento de negócios. Membro do Conselho
Nacional de Turismo de 2003 a 2007, foi representante na Organização
Mundial do Turismo entre 2003 e 2007, e 2011.
Ciência e Tecnologia
Clélio
Campolina, atual reitor da Universidade Federal de Minas Gerais.
professor e ex-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG e foi
eleito reitor da UFMG em 2009. Doutor em Ciência Econômica pela
Unicamp, com pós-doutorado nos Estados Unidos, foi diretor-presidente do
Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec).
Pesca
Eduardo
Lopes, senador (PRB-RJ). Paulista de Santo André, é bacharel em
Teologia, jornalista e apresentador de TV. Entre 2007 e 2011, foi
deputado federal. Atualmente exerce o mandato de senador e líder do PRB
na Casa.
A posse de todos eles está prevista para a próxima segunda-feira (17), às 10h.
As
mudanças eram esperadas desde o ano passado, com a saída dos atuais
titulares para disputar as eleições em outubro. Aguinaldo Ribeiro
(Cidades), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Gastão Vieira
(Turismo) devem tentar novo mandato na Câmara.
Antonio
Andrade (Agricultura) deve disputar eleições em Minas Gerais. Marcelo
Crivella (Pesca) deve disputar o governo do Rio de Janeiro e Marco
Antonio Raupp, que deixa a Ciência e Tecnologia, não tem carreira
política e não deve disputar eleições.
A
definição dos novos ministros ocorre em meio a uma crise da base aliada
na Câmara com o Planalto, que sofreu duas derrotas nesta semana: a
criação de uma comissão para investigar a Petrobras; e a aprovação da
ida de dez ministros a comissões para esclarecimentos.
Na
maioria das trocas na Esplanada, Dilma escolheu nomes ligados aos
partidos que já ocupavam os ministérios, mantento Cidades com o PP;
Desenvolvimento Agrário com o PT; Pesca com o PRB; e Agricultura e
Turismo com o PMDB.
No
último caso, porém, os nomes definidos pela presidente não foram
acertados com a bancada do PMDB da Câmara, maior foco da crise, que
rejeitou indicar substitutos para as duas pastas.
Entre
os motivos da insatisfação dos deputados peemedebistas, estão
desavenças na formação de alianças com o PT para as eleições estaduais, a
não liberação de verbas de emendas parlamentares, pouca participação
nas decisões do Executivo e falta de prestígio no lançamento de
programas e obras, além da dificuldade em emplacar nomes na reforma.
O
PP, por sua vez, que também andava insatisfeito com o Planalto, com
parte de seus deputados aderindo a retaliações do PMDB, foi atendido na
reforma. O nome de Gilberto Occhi para Cidades foi apresentado na terça
(11) numa reunião no Palácio do Planalto com os ministros Aloizio
Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
O
PT, que enfrentou os aliados na Câmara em defesa do governo, manteve o
Desenvolvimento Agrário com Miguel Rossetto, que já havia comandado a
pasta entre 2003 e 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Gaúcho como Pepe Vargas, Rossetto atualmente é presidente da
Petrobras Biocombustíveis.
O
PRB, também aliado do governo, emplacou Eduardo Lopes, suplente de
Crivella, que se licenciou do mandato no Senado em 2012 para integrar o
Executivo.
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