Política

I Encontro Paraibano do Partido Social Democrático aconteceu na manhã desta sexta-feira (7) em João Pessoa.

Wagner Lima

O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, garantiu, na manhã de ontem, durante a abertura do I Encontro Paraibano do PSD, que a única reivindicação da Executiva Nacional é a de que na Paraíba o vice-governador e presidente estadual da legenda, Rômulo Gouveia, seja o candidato a senador para compor a chapa majoritária que disputará as eleições de 2014.

Gilberto Kassab destacou que a Executiva Nacional está apenas ratificando a decisão do diretório estadual do PSD na Paraíba ao optar por uma candidatura que fortalecerá a 'musculatura' da legenda com vistas aos grandes embates eleitorais no futuro. “É preciso registrar que o partido evidentemente dará todo o apoio para que os projetos sejam bem desenvolvidos. Aqui na Paraíba, a decisão do partido não é em relação à legenda 'a' ou 'b', mas se decidiu que o partido vai disputar a eleição do Senado e tenho certeza que Rômulo Gouveia será o novo senador da Paraíba”, enfatizou. Segundo Rômulo, seu objetivo é buscar um projeto de unidade e construção sem abrir mão de suas convicções.

Afora essa condição, Kassab garantiu que o PSD vai reconhecer a autonomia dos diretórios estaduais nas composições dos pleitos, inclusive, porque na Paraíba a legenda tende a compor chapa com o PSB, o qual nacionalmente pode ter candidatura de oposição à Presidência da República, com quem o PSD deve manter coligação no próximo ano. “O PSD caminha para ter esta decisão. Tudo indica que poderemos apoiar a candidatura de reeleição da presidente Dilma. Nós não temos condições de ter candidatura própria, por isso precisamos ter cuidado para fortalecermos o partido nos Estados e caminhar para esta decisão”, disse.

Uma das possibilidades de caminhada apontada por Kassab é seguir ao lado do PSB da Paraíba. “O PSD deu autonomia para que as direções estaduais seguissem seu caminho mas vê com muito entusiasmo e simpatia essa oportunidade que a legenda tem a oferecer dentro dessa aliança importante com o PSB”, frisou.

Kassab reforçou que o PSD vai continuar realizando encontros pelo país para ajustar o programa partidário, que teria como molas mestras o incremento do investimento forte na educação e saúde públicas, esforços para a valorização da justiça e segurança, defesa das liberdades individuais e liberdade de imprensa. Hoje, o PSD possui em todo o país 18 prefeitos, 12 vice-prefeitos e 198 vereadores. Na bancada federal, a posição seria a de independência diante do governo, respeitando o marco de 2010 como o do ingresso de vários filiados que já tinham compromissos firmados, mas a partir de 2014, segundo Kassab, todos os filiados com mandato terão que assumir-se enquanto governo ou oposição.

O encontro do PSD teve a presença do governador Ricardo Coutinho (PSB), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), do presidente do diretório estadual do PSDB, Ruy Carneiro, além de parlamentares e prefeitos.

O governador Ricardo Coutinho destacou que a aliança com o PSD tem resultado em melhorias para o Estado, mas reforçou que não vai discutir um processo eleitoral que está a um ano e meio à frente para ocorrer. “Nós não temos pressa. Conta a nosso favor transformar sonhos em realidade e o PSD tem feito parte desse governo de composição que está fazendo muito pela Paraíba”, disse.

CÁSSIO SE DIZ SUPRAPARTIDÁRIO

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) defendeu uma análise suprapartidária para a vaga ao Senado, que incluiria o nome de Rômulo Gouveia entre as possibilidades. “É um grande nome que se soma a outros grandes nomes. O PSDB tem a reeleição de Cícero (Lucena), o próprio Ruy (Carneiro) pode disputar uma vaga ao Senado e outros partidos devem ter seus candidatos dentro de uma mesma aliança. Rômulo tem capacidade, habilidade, talento, experiência e vivência para postular essa pré-candidatura”, disse.

Cássio reforçou que, para as eleições de 2014, defende a aliança estabelecida com o PSB, que resultou na condução de Ricardo Coutinho (PSB) ao Palácio da Redenção em 2010, no entanto, reconheceu que há um coro do senador Cícero, do presidente estadual da legenda, deputado Ruy Carneiro, e do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, pela candidatura própria do PSDB. "Eu continuo defendendo a manutenção da aliança. Vamos discutir isso no tempo próprio que será no ano que vem e dependerá de qual o espaço que o PSDB terá numa possibilidade de aliança. Nós vamos tratar do espaço do PSDB e olhar o conjunto das forças que estiverem nos apoiando”, enfatizou.