13/06/2013 - 13h04
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS
Atualizado às 13h42.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descartou nesta quinta-feira (13) a possibilidade de suspender o aumento das tarifas de transporte público por 45 dias, como propôs ontem o Ministério Público.
"Quanto a reduzir o valor da passagem, não há possibilidade", afirmou o governador, que foi a Santos com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, inaugurar uma delegacia e anunciar investimentos em segurança na região. "O reajuste foi menor que a inflação, tanto nos trens e metrô quanto nos ônibus", disse Alckmin.
Procurada, a gestão Fernando Haddad (PT) ainda não se manifestou se aceitaria a proposta do Ministério Público.
Na quarta-feira (12), o Ministério Público de São Paulo reuniu-se com manifestantes do MPL (Movimento Passe Livre) --organizador dos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público-- e se comprometeu a marcar uma reunião com Alckmin e com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para negociar uma suspensão, por 45 dias, do valor da nova tarifa de R$ 3,20. Antes do aumento, a tarifa de ônibus, metrô e trens custava R$ 3.
Integrantes do Movimento Passe Livre afirmaram que, se a reunião surtisse efeito, os protestos também seriam suspensos. Um novo protesto contra o aumento das passagens está previsto para esta quinta-feira, às 17h, em frente ao Theatro Municipal.
O governador afirmou que o reajuste concedido já é inferior à inflação e voltou a criticar as manifestações. "Esse é um movimento pequeno, mas muito violento e de conteúdo político", disse Alckmin. "Manifestação é legítima, natural. Outra coisa é fazer depredação de patrimônio público, deixar um rastro de destruição por onde passa, prejudicando o usuário do sistema", afirmou o governador.
Alckmin aprovou a participação da Polícia Federal para investigar os incidentes ocorridos em São Paulo. A mobilização de investigadores foi anunciada pelo Ministério da Justiça. "Toda colaboração é bem-vinda. Nosso lema é 'parceria'. Tudo que vier para ajudar é bem-vindo", disse.
Nesta quinta-feira, a capital do Estado foi transferida para Santos como parte das celebrações dos 250 anos de José Bonifácio de Andrade e Silva, um dos principais personagens da Independência do Brasil. O governador deve passar o dia na região.
CPTM
O governador comentou ainda a paralisação de três linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Segundo ele, os grevistas desrespeitaram uma decisão da Justiça do Trabalho, de que o sistema deveria funcionar 100% no horário de pico. "Fizemos uma boa proposta, superior à inflação, tanto que não houve greve no metrô. Queremos resolver a situação ainda hoje, o mais rápido possível".
"Quanto a reduzir o valor da passagem, não há possibilidade", afirmou o governador, que foi a Santos (72 km de SP) com o secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella, inaugurar uma delegacia e anunciar investimentos em segurança na região.
Folha de S. Paulo
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